Saúde nos municípios está ‘moribunda’, sem dinheiro e poucos médicos

Senador Waldemir Moka (centro), presidente da Comissão de Assuntos Sociais
Senador Waldemir Moka (centro), presidente da Comissão de Assuntos Sociais

Política/Zerouminforma

Baixo financiamento público para a saúde e a falta de médicos em grande parte dos municípios brasileiros. Estas foram as principais queixas de secretários de Estado de Saúde em reunião, na última sexta-feira (22) com o senador Waldemir Moka (PMDB-MS), presidente da Comissão de Assuntos Sociais (CAS).

O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) está divulgando o “Movimento Nacional em Defesa da Saúde Pública” e colhendo assinaturas para um projeto de iniciativa popular, para que se estabeleça o percentual mínimo de 10% das receitas brutas da União a serem aplicadas no Sistema Único de Saúde (SUS).

“Enquanto a média mundial do Produto Interno Bruto (PIB), com saúde publica é de 5.5%, o Brasil gasta 3,7%. Se fosse gastar percentual recomendado, a saúde publica brasileira precisaria de mais R$ 60 bilhões”, alertou Moka, ao citar as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

A secretária de Saúde de Mato Grosso do Sul, Beatriz Figueiredo Dobashi, queixou-se da ausência de médicos, principalmente, nos municípios nas fronteiras e defendeu a necessidade da capacitação dos profissionais de saúde.

A secretária criticou o Programa de Valorização do Profissional de Atenção Básica (Provab) do Ministério da Saúde. Segundo Beatriz Figueiredo, o objetivo de interiorização dos profissionais não foi atingido no Estado.

Participaram do debate os senadores Paulo Davim (PV-RN), Humberto Costa (PT-PE), Eduardo Amorim (PSC-CE), Wellington Dias (PT-PI), Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) e Ana Amélia (PP-RS).