Deputados debatem situação da saúde pública que consideram crítica em Mato Grosso do Sul

ZeroUmInforma/Política – Enquanto o Governo do Estado anuncia o lançamento da construção do Hospital Regional de Três Lagoas, a Santa Casa de Campo Grande ameaça fechar o pronto-socorro. Na sessão desta quinta-feira (30), o deputado Maurício Picarelli (PSDB) disse que está preocupado com a situação, que pode gerar um caos na saúde no Estado.

A Santa Casa pede aumento do repasse mensal de R$ 4,6 milhões para R$ 7 milhões. “O pronto-socorro não pode fechar as portas, uma vez que os pacientes que são atendidos lá são de todos os municípios de Mato Grosso do Sul”, disse. Picarelli sugeriu que os investimentos sejam voltados para o aparelhamento das unidades básicas de saúde e a contratação de profissionais, assim evitaria a transferência dos pacientes para Santa Casa.

Líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Professor Rinaldo (PSDB) informou que o Executivo Estadual faz o rapasse mensal de R$ 2,5 milhões para a Santa Casa. “Esse aporte vem direto do Tesouro. Para o governador Reinaldo Azambuja a saúde é prioridade. Ontem mesmo foi lançada a obra de construção do Hospital Regional de Três Lagoas, que deve ser concluída em um ano”, ressaltou.

O presidente da Comissão Permanente de Saúde, Dr. Paulo Siufi (PMDB) esclareceu que fará uma visita nos hospitais, juntamente com o Ministério Público do Estado, para fazer um diagnóstico da situação da saúde pública. Ele irá propor uma audiência pública para debater os problemas identificados.

Loteria da Saúde

O deputado George Takimoto (PDT) acredita que uma solução para os problemas financeiros da Santa Casa é a criação da “Loteria da Saúde”. O parlamentar considera a proposta um instrumento para promover atendimento de qualidade à população e garantir o acesso do cidadão ao um serviço público de saúde eficiente.

A ideia, segundo Takimoto, é que seja instituído um sistema de sorteio, do tipo loteria esportiva, e os valores arrecadados com as apostas deverão ficar nos respectivos municípios, após a dedução dos custos da premiação e da própria realização do concurso.

“Se não for suficiente para resolver todos os problemas que historicamente assolam a saúde pública, ao menos possibilitará aos gestores um suporte orçamentário capaz de equipar, reformar e manter os necessários exames complementares para diagnósticos e tratamento da população, de forma digna, rápida e eficaz”, explicou.

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