CCJ: votação do seguro obrigatório para veículos será no dia 7 de maio

 

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) adiou para o dia 7 de maio a votação do projeto de lei complementar (PLP) 233/2023, que cria um novo seguro obrigatório para veículos — semelhante ao antigo Danos Pessoais por Veículos Automotores Terrestres (DPVAT). O texto também aumenta em R$ 15,7 bilhões o limite para as despesas da União (leia mais abaixo).

 

O senador Jaques Wagner (PT-BA) leu relatório favorável à matéria nesta terça-feira (30). O presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (União-AP), concedeu vista coletiva ao texto. A previsão é de que o projeto seja votado pelo Plenário da Casa no dia 8 de maio.

 

Aprovado pela Câmara dos Deputados, o PLP 233/2023 cria o Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT). De acordo com o texto, o SPVAT deve ser cobrado dos proprietários de automóveis e usado para pagar as indenizações por acidentes.

 

Mudanças

 

A Câmara alterou o texto original proposto pelo Poder Executivo para ampliar a lista de despesas a serem cobertas pelo SPVAT. O rol passa a contemplar assistência médica e suplementar, como fisioterapia, medicamentos, equipamentos ortopédicos, órteses e próteses.

 

Também passam a ser pagos serviços funerários e despesas com a reabilitação profissional de vítimas que ficarem parcialmente inválidas. Os deputados incluíram ainda a possibilidade de pedidos de indenização e assinatura de documentos por meio eletrônico.

 

Emendas

 

O PLP 233/2023 recebeu 24 emendas na CCJ. O relator, senador Jaques Wagner, acatou apenas uma sugestão de redação proposta pelos senadores Marcos do Val (Podemos-ES) e Rogério Carvalho (PT-SE).

 

A alteração deixa claro que o cônjuge e os herdeiros da vítima devem receber indenização por morte e reembolso de despesas com serviços funerários. A vítima recebe as demais coberturas: invalidez permanente e reembolso por despesas com fisioterapia, medicamentos, equipamentos ortopédicos, órteses, próteses e reabilitação profissional.

 

O senador Jaques Wagner disse ser “simpático” a duas emendas de mesmo teor propostas pelos senadores Alan Rick (União-AC) e Vanderlan Cardoso (PSD-GO). Eles querem tirar do projeto o dispositivo que cria uma multa de trânsito por atraso no pagamento do SPVAT.

 

— Sou simpático ao texto dos dois senadores. Acho que é razoável a argumentação de que não se pode superpenalizar uma pessoa pelo atraso. Mas, se eu for acolher (as emendas), (o projeto) volta para a Câmara. Vou discutir com o governo para me comprometer com o veto da Presidência da República — afirmou Jaques Wagner, que é o líder do governo no Senado.

Debates

 

A oposição criticou a criação do SPVAT. O líder do bloco, senador Rogerio Marinho (PL-RN), classificou o PLP 233/2023 como um “projeto ruim e extremamente equivocado do ponto de vista fiscal”.

 

— É um projeto claramente regressivo porque penaliza a população mais pobre. É um projeto que não tem paralelo no mundo como modelo, porque transfere recursos compulsoriamente. Mais uma vez, o governo recorre a aumentar impostos para taxar a população de forma regressiva e perversa contra as pessoas mais pobres — disse.

 

Para o senador Plínio Valério (PSDB-AM), o Poder Executivo deveria cortar despesas em vez de criar novos tributos.

 

— Não tive oportunidade de analisar matérias do governo cortando gastos próprios. É sempre aumentando gastos. Gasta dinheiro, distribui dinheiro querendo sempre tirar do povo cada vez mais, beirando a extorsão. É só arrecadar, arrecadar, arrecadar. Não vejo cortar um milímetro de despesas — afirmou.

 

A senadora Zenaide Maia (PSD-RN) defendeu a aprovação da matéria. A parlamentar destacou a importância do seguro para vítimas de baixa renda.

 

— Quem fala aqui é a médica de serviços de urgência e emergência. Para a maioria das famílias, esse seguro era o que fazia com que elas levassem seu filho para casa ou, muitas vezes, para transportá-lo mesmo que fosse morto. Não venha dizer que isso onera os pobres. Pelo contrário: é um seguro que só beneficia quem não tem condições — argumentou Zenaide.

 

Arcabouço fiscal

 

Além de criar o SPVAT, o PLP 233/2023 altera o novo arcabouço fiscal (Lei Complementar 200, de 2023). O texto antecipa em dois meses a permissão para a abertura de crédito suplementar em caso de superávit fiscal.

 

Pela legislação em vigor, a abertura pode ocorrer a partir da divulgação do relatório de avaliação de receitas e despesas primárias do segundo bimestre. O texto em discussão na CCJ antecipa esse prazo para a data de divulgação do relatório do primeiro bimestre.

 

Segundo o senador Jaques Wagner, a mudança permitiria uma elevação de 0,8% nas despesas da União, o equivalente a R$ 15,7 bilhões. Ainda de acordo com o relator, a medida seria uma “mera antecipação”. O Poder Executivo continuaria obrigado a cumprir a meta de resultado primário e o teto de despesa estabelecido pelo marco fiscal.

 

O senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) criticou a alteração. Ele classificou o dispositivo incluído no PLP 233/2023 como “um jabuti” — termo usado para designar um tema estranho inserido na proposição original.

 

— Quanto tempo esse Congresso Nacional ficou discutindo as regras do novo arcabouço fiscal? Ele deveria dar credibilidade à gestão financeira do governo, fazer com que investidores tivessem segurança e acreditassem na economia para investir no Brasil. Como o investidor pode acreditar num país que muda a regra do arcabouço fiscal através de um “jabuti”? Qual a segurança jurídica que tem? — questionou.

 

O relator, Jaques Wagner, admitiu que o dispositivo, inserido no texto na Câmara, “é o clássico jabuti”. Mas argumentou que o novo arcabouço fiscal é “mais flexível e inteligente” do que o teto de gastos que vigorou até 2023.

 

— Ouço alguns colegas dizerem que, com um ano e três meses, o arcabouço já não está sendo respeitado. Considero que ele é uma sistemática muito mais flexível e, por isso, muito mais inteligente do que aquilo que tínhamos antes. Quantas vezes foi “furado” o teto de gastos? Não vou contar porque sequer sei quantas vezes — comparou.

 

Fonte: Agência Senado

Projeto proíbe discriminação na contratação de empregado por ser parente de político

 

O Projeto de Lei 3624/23 proíbe a discriminação na contratação de empregados em razão de grau de parentesco com políticos. Em análise na Câmara dos Deputados, o texto insere a medida na Consolidação das Leis do Trabalho.

 

“Chegou ao nosso conhecimento o caso de empresas que não contratam candidato a uma vaga de emprego caso tenha grau de parentesco com autoridades políticas de quaisquer esferas”, afirmou o deputado Gilvan Maximo (Republicanos-DF), autor da proposta.

 

Porém, ele afirma que a negativa em contratar alguém não pode violar direitos fundamentais do trabalhador e deve estar fundamentada na própria legislação.

 

Tramitação

A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Trabalho; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

 

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Projeto estende para Mato Grosso do Sul e outros estados do Centro-Oeste os mesmos benefícios da Amazônia e Nordeste

 

O Projeto de Lei 781/24 estende para a área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) os atuais benefícios fiscais existentes nas regiões das superintendências da Amazônia (Sudam) e do Nordeste (Sudene).

 

O texto em análise na Câmara dos Deputados altera a Medida Provisória 2.199-14/01. Em dezembro último, a Lei 14.753/23 estendeu até 2028 o prazo para aprovação de projetos que receberão incentivos no Nordeste e na Amazônia.

 

“Mato Grosso, por fazer parte da área de atuação da Sudam, já tem acesso aos benefícios fiscais, o que acentua a atual omissão em relação aos demais estados do Centro-Oeste”, disse a autora da proposta, deputada Flávia Morais (PDT-GO).

 

A Sudeco abrange Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal. A Sudam atua na Amazônia Legal (região Norte e parte do Maranhão); a Sudene, no Nordeste e em mais 249 municípios de Minas Gerais e 31 do Espírito Santo.

 

Benefícios atuais

Hoje, os incentivos fiscais nas áreas de atuação da Sudam e da Sudene são:

 

  • redução de 75% do Imposto de Renda e adicionais calculados com base no lucro da exploração; e

 

  • possibilidade de reinvestir 30% do Imposto de Renda devido, acrescido de 50% de recursos próprios.

 

Pela legislação, podem obter esses benefícios as empresas que apresentarem projetos de instalação, ampliação, modernização ou diversificação em setores da economia considerados prioritários para o desenvolvimento regional.

 

Próximos passos

O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

 

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Deputado federal Rodolfo Nogueira quer proibir livramento condicional para presos integrantes de organizações criminosas

 

O deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS) apresentou projeto de lei que prevê a proibição de progressão de regime de cumprimento de pena ou obter livramento condicional ou outros benefícios penais para presos integrantes de organizações criminosas.

 

De acordo com o parlamentar, os condenados envolvidos com organizações criminosas gozam de benefícios penais e prisionais aos quais não deveriam ter direito.

 

“Não se justifica, pois, seja mantida a possibilidade de concessão de benefícios penais e prisionais adicionais às pessoas condenadas por crimes que envolvam organizações criminosas”, diz parte da proposta.

 

Propomos, assim, a alteração do art. 2o, § 9o, da Lei no 12.850, de 2013, a fim de estabelecer que “é vedada a progressão de regime de cumprimento de pena ou a obtenção de livramento condicional ou outros benefícios penais ou prisionais ao condenado expressamente em sentença por integrar organização criminosa ou por crime praticado por meio de organização criminosa”.

 

Na legislação atual, desde que os elementos probatórios indiquem que esta pessoa não mantém mais qualquer vínculo associativo com a organização criminosa que ensejou sua condenação, o preso tem direito a progressão de pena ou obter livramento condicional, outros benefícios penais também são possíveis de serem oferecidos.

 

Os crimes por integrar organizações criminosas são tipificados da seguinte maneira:
“promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa”, cominando pena de reclusão, de 3 a 8, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais infrações penais praticadas.

 

“É um absurdo essa legislação atual que beneficia bandidos. Não podemos permitir que presos integrantes de organizações criminosas, depois de declararem ou “provarem” que não tem mais vínculos com o crime organizado, possam ter benefícios penais. A pena deve ser cumprida na risca”, finalizou o parlamentar.

 

Audiência na sexta-feira discute projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias

 

A Câmara Municipal de Campo Grande realiza, na sexta-feira (3), audiência pública para discutir o projeto de lei 11.306/24, que dispõe sobre as diretrizes da Lei Orçamentária do município de Campo Grande, a LDO, para o exercício financeiro de 2025.

 

O debate foi convocado pela Comissão Permanente de Finanças, Orçamento e Fiscalização da Casa, composta pelos vereadores Betinho (presidente), Papy (vice), Luiza Ribeiro, Ronilço Guerreiro e Claudinho Serra.

 

A LDO é usada para estabelecer metas da administração pública e como base para elaborar o orçamento, que é definido por meio da LOA (Lei Orçamentária Anual). Todas as sugestões precisam estar em consonância com o PPA (Plano Plurianual). Depois da aprovação, a proposta, com as emendas, segue para sanção ou veto da prefeita.

 

O texto prevê aproximadamente R$ 6,8 bilhões, que representa um aumento de cerca de 4% em relação ao orçamento de 2024, que é de R$ 6,5 bilhões.

 

A audiência acontece a partir das 14h no Plenário Oliva Enciso, na sede da Casa de Leis, com transmissão ao vivo pelo canal aberto da TV Câmara (canal 7.3) e pelas redes sociais (Facebook e Youtube).

Comissão aprova piso salarial de R$ 3,6 mil para profissional de Educação Física

 

A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que fixa o piso salarial do profissional de Educação Física em R$ 3.600, para uma jornada de 30 horas semanais. Pela proposta, o valor será reajustado anualmente pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

 

O texto aprovado é o substitutivo do relator, deputado André Figueiredo (PDT-CE), ao Projeto de Lei 7006/13, do ex- deputado Celso Jacob (RJ), e aos apensados (PLs 618/15 e 2532/22).

 

Lei existente

O projeto original estabelece o piso de R$ 4.500 para o profissional de educação física e altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O relator optou não apenas por reduzir o piso como por inserir a medida na Lei 9.696/98, que regulamenta a profissão de educação física.

 

“Em razão da existência da Lei 9.696/98, ordenamento próprio dos profissionais de Educação Física, torna-se desnecessária a criação de uma seção especial na CLT para esse fim”, afirmou Figueiredo.

 

Pelo texto aprovado, o salário do profissional de Educação Física que seja responsável técnico será acrescido do Adicional de Responsabilidade Técnica, no valor de 10% do piso.

 

Todos os profissionais de Educação Física farão jus a um intervalo de 15 minutos para repouso, não deduzidos da duração normal de trabalho, a cada 180 minutos trabalhados.

 

Próximos passos


O projeto será analisado, em caráter conclusivo, pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Anel Viário no município de Santa Rita do Pardo pode ser denominado “Fernando Martins Mendes”, conforme projeto

 

O Anel Viário que liga a MS-040 e MS-338, no município de Santa Rita do Pardo, pode ser denominado “Fernando Martins Mendes”. A homenagem ao ex prefeito de Brasilândia consta no Projeto de Lei 90/2024, de autoria do deputado estadual Londres Machado (PP), protocolado na sexta-feira (26) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS).

 

De acordo com a proposta, o homenageado foi prefeito de Brasilândia, cujo mandato teve início em 16 de setembro de 1978 e término em 31 de janeiro de 1983, época em que o município ainda se encontrava ligado ao distrito de Xavantina, hoje Santa Rita do Pardo. Falecido em 12 de junho de 2017, era natural de Cafelândia/SP.

 

“Foi em Santa Rita do Pardo que o senhor Fernando manteve residência, sua base eleitoral e muito contribuiu para o progresso da cidade, implantando a escola municipal Gumercindo de Gusmão Castelo Branco, a Delegacia de Polícia Civil, o prédio da Exatoria, a lAGRO, além de presenciar a chagada de importantes serviços públicos, como a instalação de rede de energia elétrica e a perfuração de poço artesiano do sistema de abastecimento de água”,  explica o parlamentar.

 

O projeto segue para análise da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR). Caso receba parecer favorável, continua tramitando com votação em plenário.

Audiência pública nesta segunda-feira discute tarifa zero no transporte coletivo urbano de Campo Grande

 

A Câmara Municipal de Campo Grande realiza, nesta segunda-feira (29), audiência pública para discutir a tarifa zero no transporte coletivo urbano. O debate acontece a partir das 9h no Plenário Oliva Enciso, na sede da Casa de Leis, com transmissão ao vivo pelo canal aberto da TV Câmara (canal 7.3) e pelas redes sociais (Facebook e Youtube).

 

A audiência foi convocada pela Comissão Permanente de Mobilidade Urbana da Câmara, composta pelos vereadores Prof. André Luís (presidente), Luiza Ribeiro (vice), Tabosa, William Maksoud e Dr. Sandro Benites.

 

“Vamos apresentar modelos e experiências de transporte com tarifa zero existentes em outros municípios, considerando os pontos positivos e negativos observados pelos administradores e pelos usuários das localidades onde o sistema de tarifa zero está implantado. Também vamos ouvir a opinião das entidades representantes de usuários, trabalhadores, empresários, da Administração Municipal e pesquisadores”, afirmou Luiza, proponente do debate.

 

Comissão aprova programa para incentivar turismo educativo em escolas públicas

 

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que institui o Programa Nacional de Turismo Educativo (Pronte), com incentivos para visitas de alunos de escolas públicas a atrativos turísticos, culturais e naturais de destinos nacionais.

 

Segundo o texto, entre os objetivos do programa estão a valorização da história do País e a preservação dos patrimônios culturais e naturais, além do estímulo à consciência crítica em relação a problemas ambientais, culturais e sociais do Brasil.

 

A coordenação do Pronte será feita pelo Ministério do Turismo em articulação com estados, municípios e escolas.

 

O texto aprovado é o substitutivo do relator, deputado Rafael Brito (MDB-AL), ao Projeto de Lei 676/23, do deputado Delegado Fabio Costa (PP-AL). “Sugere-se que o substitutivo aprovado na Comissão de Turismo seja aprimorado em alguns aspectos na sua redação”, afirmou o relator.

 

Segundo ele, em vez de incentivar o “espírito cívico”, o objetivo do projeto deve ser a educação voltada a preservar, conservar e valorizar o patrimônio histórico, turístico, paisagístico e ambiental do País.

 

Entre os ajustes feitos na Comissão de Turismo está a retirada do Fundo Geral de Turismo (Fungetur) como financiador do programa. O relator nesse colegiado, deputado Bacelar (PV-BA), argumentou que o Fungetur está obrigado a operar somente por meio de instituições financeiras e a título de financiamento reembolsável, não lhe sendo permitido o repasse de recursos a fundo perdido para estados, municípios e instituições de ensino.

 

Próximos Passos


O projeto será ainda analisado, em caráter conclusivo, pelas comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

 

Fonte: Agência Câmara de Notícias