Projeto na Câmara proíbe pessoas de morarem na rua em cidades onde houver vagas em abrigos

 

O Projeto de Lei 1251/24 proíbe as pessoas de morarem nas ruas quando houver serviços de acolhimento institucional no município suficientes para atender à demanda da população que vive nessa situação.

 

Pela proposta em análise na Câmara dos Deputados, fiscais ficarão autorizados a retirar barracas e objetos que caracterizem estabelecimento permanente em local público, como camas, sofás e colchões. Os agentes não poderão, no entanto, recolher pertences pessoais de quem está em situação de rua.

 

“O grande problema enfrentado pelas equipes de assistência social que abordam os moradores de rua é a resistência em ir para os abrigos, porque não querem se submeter às regras mínimas de convivência, como horário para comer, tomar banho, dormir ou não consumir bebida alcoólica e drogas”, afirma o deputado Kim Kataguiri (União-SP), autor da proposta.

 

Para ele, se o município oferece acolhimento em condições dignas, não há razão para dormir na rua.

 

Conforme a proposta, as regras não serão aplicadas às famílias com crianças que se encontram involuntariamente sem moradia.

 

Tramitação


A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Desenvolvimento Urbano; de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

 

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Audiência pública no Senado: Debatedores discordam sobre abrangência da tributação de redes sociais de vídeos

 

Em audiência pública no Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional (CCS) nesta segunda-feira (6), debatedores discordaram sobre  abrangência e alíquotas de uma futura tributação às plataformas de streaming.

 

Os senadores aprovaram em abril um projeto de lei que regulamenta os serviços de oferta de vídeo sob demanda (VoD — video on demand, serviço virtual de catálogo de filmes que podem ser assistidos pelo espectador a qualquer momento) e os obriga a recolher a Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine). De autoria do senador Nelsinho Trad (PSD-MS), o PL 2.331/2022 prevê a cobrança da Condecine anualmente em até 3% sobre a receita bruta de diversos modelos de VoD. No substitutivo aprovado, o relator, senador Eduardo Gomes (PL-TO), estendeu a obrigação para as chamadas plataformas de compartilhamento, que incluem redes sociais de vídeos.

 

O debate atendeu pedido da conselheira Sonia Santana (representante dos profissionais de cinema e vídeo no conselho) para discutir o projeto, que agora está em análise na Câmara dos Deputados. Também tramita na Câmara dos Deputados o PL 8.889/2017, com o mesmo tema, sob relatoria do deputado André Figueiredo (PDT-CE). O colegiado convidou os relatores, mas eles não compareceram.

 

Redes sociais

 

Os debatedores discordaram sobre quais serviços devem ser considerados como VoD no futuro marco legal. Segundo o diretor-presidente substituto da Agência Nacional do Cinema (Ancine), Tiago Mafra dos Santos, redes sociais de compartilhamento de vídeos, como YouTube e TikTok, devem ser abarcados nos projetos de lei. Mas, para ele, os diversos modelos de negócio de vídeos devem ter incidência diferenciada do Condecine.

 

— Há uma disputa de atenção, há um compartilhamento de estrutura entre esses modelos. A gente pode ver no nosso consumo privado a competição pelo tempo [de consumo do usuário] da plataforma de VoD tradicional, que são esses que a gente assina na Netflix, Disney, para busca de conteúdo diretamente no YouTube… É plenamente possível e viável que todos os serviços de VoD devam suportar a incidência de Condecine. [Mas] a tributação de uma plataforma de compartilhamento, que se remunera por VoD não pode ser a mesma de uma que tem o seu faturamento por assinatura, por exemplo.

 

Diretora da Associação das Produtoras Independentes do Audiovisual Brasileiro (API) na Região Sul, Cíntia Domit Bittar discordou da diferenciação na incidência do tributo entre os diferentes modelos de VoD no projeto de lei. Para ela, a Condecine Remessa, que incide sobre o envio ao exterior dos valores arrecadados com exploração de obras audiovisuais no país, também deveria incidir cumulativamente ao novo tributo.

 

— Ainda cabe uma melhora de redação [no projeto do Senado], para que não haja uma diferença de tributação entre essas plataformas, para que qualquer discriminação se dê depois, na regulamentação da Ancine. […] Sem excluir a outra modalidade já aplicada, que é a Condecine Remessa. A gente não pode retroceder.

 

Impactos

 

Para a diretora do Motion Picture Association (MPA), Andressa Pappas, que representa empresas como a Netflix, Disney e Sony Pictures, a regulação não deve incluir os serviços de VoD nas mesmas regras para as redes sociais de vídeos. Na  opinião dela, uma regulação rígida possui o risco de afastar investimento no setor.

 

— Não podemos nos encaixar na categoria das plataformas de compartilhamento de vídeo ou mídias sociais, porque os modelos de negócios são completamente diferentes. Só para dar um exemplo, plataformas de mídias sociais servem como uma ponte entre os usuários empresariais e os usuários finais, e nós não. Na nossa visã, uma regulação que seja excessivamente intervencionista pode gerar efeitos contrários aos efeitos pretendidos. Primeiro, uma redução de investimentos no setor. Segundo, o impacto negativo na exportação de conteúdos […] Pode interromper esse ciclo virtuoso, impondo uma barreira à entrada de novos players [empreendimentos] mais importante, criando ônus desnecessários às pequenas e médias plataformas, as quase 100 plataformas que operam aqui no Brasil.

 

Mas para a advogada e integrante do Conselho Superior do Cinema do Ministério da Cultura (Minc) Rosana dos Santos Alcântara, países como a França viram crescimento satisfatório no setor, mesmo com tributação.

 

— Na França, um decreto de 2014 e implementado só em 2017 taxou inicialmente, como se vê ali, em 2%, chegando hoje a 5,15%. Em 2022, o valor, então, desse imposto sobre [serviços de] VoD resultou em 127 milhões de euros, revertidos em políticas públicas para produção e fortalecimento do audiovisual. Apesar do imposto, o VoD seguiu crescendo naquele país.

 

Para ela, a contribuição é importante para promover as produções audiovisuais independentes criadas por brasileiros, mas a alíquota deveria ser de “pelo menos dois dígitos”. O produto da arrecadação da Condenice compõe o Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), que é revertido diretamente para o fomento do setor.

 

Justiça fiscal

 

Os conselheiros Fábio Andrade, João Camilo e Maria José Braga, respectivamente representantes da sociedade civil, das empresas de televisão e da categoria dos jornalistas, chamaram a atenção para o possível aumento nos custos arcados pelos consumidores. Para Maria José, a contribuição a ser cobrada deve refletir na justiça social.

 

— Óbvio que nós temos que pensar na palavra-chave da regulação econômica, que é justiça fiscal e justiça social […] No Brasil, sempre que se fala de tributação, há um discurso de carga tributária excessiva, mas não podemos esquecer que a carga tributária é excessiva para o consumidor, porque a maioria dos setores econômicos não assumem nada da carga tributária, ela é transferida para o consumidor.

 

Segundo o texto aprovado no Senado, as empresas com faturamento anual acima de R$ 96 milhões pagarão 3% de Condecine. Já as plataformas com faturamento entre R$ 4,8 milhões e R$ 96 milhões recolherão 1,5%. Para os serviços com faturamento inferior a R$ 4,8 milhões, a alíquota será zero.

 

A alíquota foi tema de outra audiência pública do CCS em setembro de 2023, quando a Condecine discutida era de até 1% sobre esse tipo de serviços.

 

Produção independente

 

Para o presidente do Sindicato Interestadual da Indústria Audiovisual (Sicav), Leonardo Edde, a maior quantidade de filmes brasileiros nos catálogos dos serviços de streaming resulta em produtos de valor agregado a serem exportados.

 

— Qual o impacto de uma boa regulação? Defender a cultura brasileira, que é defender a economia brasileira. São ativos de alto valor agregado que podemos exportar caso sejam de nossa propriedade — disse Edde, que também apontou o combate ao oligopólio e ao monopólio como benefícios da regulação.

 

A secretária do Audiovisual do MinC, Joelma Gonzaga, também mencionou a presença de obras brasileiras em premiações e festivais nacionais.

 

O conselho

 

O CCS é um órgão específico do Congresso Nacional criado pela Constituição Federal para auxiliar os parlamentares nos assuntos relacionados a comunicação e liberdade de imprensa. O conselho elabora, por exemplo, estudos, pareceres e recomendações solicitadas pelos senadores e deputados.

 

Seus 13 membros são representantes de empresas de rádio, televisão e jornais, de engenheiros e outras categorias profissionais afins, eleitos pelo Congresso Nacional para mandato de dois anos.

 

Fonte: Agência Senado

Debates sobre direitos dos idosos e de investimentos no setor agrário serão realizados nesta semana na ALEMS

 

Na agenda da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), entre os dias 7 a 10 de maio, está prevista a realização de sessões ordinárias, reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) e reuniões de comissões de mérito e frentes parlamentares, na Casa de Leis.

 

Terça-feira

 

Na terça-feira (7), por proposição do coordenador da Frente Parlamentar do Leite, deputado Renato Câmara (MDB), acontece reunião no Plenarinho Deputado Nelito Câmara, a partir das 13h30. O grupo de trabalho foi criado para subsidiar com informações técnicas e dados estatísticos, as iniciativas legislativas de interesse da sociedade sobre o tema, em especial aquelas voltadas à produção, industrialização e comercialização do leite e seus derivados.

 

Quarta-feira

 

Na quarta-feira (8), acontece a reunião ordinária da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR). O grupo se reúne, a partir das 8h, no Plenarinho Deputado Nelito Câmara para avaliar a juridicidade, constitucionalidade e legalidade das matérias enviadas, ou originadas no Legislativo Estadual. A CCJR é presidida pela deputada Mara Caseiro (PSDB), e composta pelos deputados Junior Mochi (MDB), Antonio Vaz (Republicanos), Pedrossian Neto (PSD) e Caravina (PSDB).

 

Ainda na quarta-feira (8), no Plenário Deputado Júlio Maia, a partir das 14h, acontece a reunião da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, coordenada pelo deputado estadual Renato Câmara. Entre os objetivos da frente parlamentar é reunir os parlamentares que têm preocupação especial sobre o tema e promover debates, com a participação dos mais diversos segmentos da sociedade civil.

 

Quinta-feira

 

Na quinta-feira (9), no Plenarinho, por proposição do deputado Zeca do PT (PT), coordenador da comissão de Comissão de Desenvolvimento Agrário e Assuntos Indígenas, acontece uma reunião, a partir das 14h. A comissão analisa matérias que enfocam políticas de crédito estadual, federal e externo, e incentivos fiscais para o desenvolvimento agrário e assuntos relacionados aos povos indígenas e quilombola; e relativas a programas estaduais de fomento e pesquisa que visem essas áreas, bem como políticas de estímulo ao desenvolvimento agrário.

Sexta-feira

 

Por proposição do deputado e presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro (PP), será realizada na próxima sexta-feira (10), a partir das 8h, no saguão Nelly Martins, uma comemoração alusiva ao Dia das Mães para as servidoras da Casa de Leis. Durante a solenidade, o Coral da ALEMS interpretará canções em homenagem às mães e um café da manhã será oferecido a todos.

 

Sessões plenárias

 

As sessões plenárias são realizadas às terças, quartas e quintas-feiras, a partir das 9h, no Plenário Júlio Maia. É durante as sessões que acontecem os debates com temas de interesse da sociedade e as votações dos projetos que norteiam a legislação estadual em favor do cidadão.

 

Agenda

 

A agenda oficial do Poder Legislativo pode ser alterada para acréscimo ou retirada de eventos. Todos os eventos são abertos ao público e à imprensa. Acesse a programação diretamente por este link.  A ALEMS está localizada na Avenida Desembargador José Nunes da Cunha, Jardim Veraneio, Parque dos Poderes, Bloco 9, em Campo Grande.

Após morte de cachorro, projetos buscam estabelecer regras para transporte de animais

 

A morte do cachorro Joca, extraviado em voo da companhia aérea Gol, pela qual seu tutor viajava, gerou reação no Senado. Após o ocorrido, dois novos projetos de lei e várias ideias legislativas buscam estabelecer condições e critérios mínimos para o manejo de animais domésticos por empresas de transporte coletivo de passageiros. A intenção, segundo os autores, é evitar que casos como esse se repitam.

 

Joca, da raça golden retriever, foi encontrado morto por seu tutor, João Fantazzini, no canil da Gol Linhas Aérea, no no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. O animal, que tinha cinco anos, animal, deveria ter sido levado de São Paulo para Sinop, em Mato Grosso, mas por um erro da companhia foi enviado para Fortaleza, no Ceará, onde ficou por horas sem água e comida.

 

“É necessário que esta Casa, por dever constitucional, tome providências para evitar casos como o do cachorro Joca. O animal perdeu sua vida ao ser enviado para o destino errado pela empresa aérea contratada, despachado de volta a ponto de origem como se fosse uma bagagem extraviada, ignorando o fato de que o cão não suportaria o tempo extra de viagem, desprovido de água, alimentação e condições mínimas de sobrevivência”, disse o senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), autor de um dos projetos.

 

Apresentado em 29 de abril, o PL 1474/2024 trata do transporte e manejo desses animais por empresas de transporte coletivo de passageiros nos modais aéreo, terrestre e também aquaviário. O texto determina que as empresas devem providenciar a aquisição ou adaptação de suas unidades veiculares, com câmaras oxigenadas, iluminadas, com conforto térmico, compartimentos para que os animais se alimentem e tomem água, além de dispositivos ou travas para as caixas  de transporte.

 

Além disso, o texto obriga as empresas a fornecer uma solução para que o tutor tenha acesso, de forma digital e remota, à localização do animal e à verificação de sinais vitais ao animal. Também terão que contar com os serviços de um veterinário responsável pelo cumprimento das normas e treinamento das tripulações e equipes. O texto estabelece ainda medidas para as caixas de transporte, de acordo com o tamanho do animal. O desrespeito ás regras pode gerar penalidades além das já previstas na legislação de proteção aos animais, como multas, por exemplo.

 

O projeto será analisado pela Comissão de Meio Ambiente (CMA) e depois pela Comissão de Infraestrutura (CI), onde a decisão é terminativa. Isso significa que, se for aprovado pela CI e não houver recurso para que seja analisado em Plenário, o texto pode seguir diretamente para a Câmara dos Deputados.

 

Assento extra

 

O outro projeto sobre o tema (PL 1510/2024), apresentado no dia 30 de abril, é do senador Eduardo Gomes (PL-TO) e trata apenas do transporte de animais de até cinquenta quilos na cabine de passageiros, que será realizado sem a necessidade de contêiner ou dispositivos semelhantes, desde que siga requisitos estabelecidos. Atualmente, as regras variam de acordo com a companhia aérea.

 

“Sem regulamentação, os padrões de cuidado e as condições em que os animais são transportados podem variar significativamente entre as companhias aéreas e até mesmo entre os voos da mesma empresa. A implementação de diretrizes específicas, com a importante participação da ANAC [Agência Nacional de Aviação Civil] garantirá que os animais sejam transportados em condições adequadas, com espaço suficiente, ventilação adequada e acesso à água e comida, minimizando assim o estresse e o desconforto”, explicou Eduardo Gomes.

Pelo texto, os animais de estimação poderão ser acomodados no piso ou no colo do tutor, desde que não incomode outros passageiros. Também é facultada a venda de um segundo assento vinculado ao bilhete original, ao lado do tutor, para facilitar a acomodação do animal a ser transportado. O transporte será limitado a um único animal de estimação por tutor e a cinco animais por cabine.

 

Para transportar os animais, os tutores terão que obedecer a algumas regras, como o uso de coleira para todos os cães, além de focinheira para animais de estimação cuja regulamentação assim exija. O animal terá que permanecer todo o tempo junto ao seu tutor, e o transporte pode ser negado caso seja constatada agressividade ou comportamento de risco que comprometa a segurança das pessoas. Além disso, a empresa poderá cobrar uma taxa específica para o transporte dos animais.

 

O projeto ainda aguarda despacho para as comissões.

 

Iniciativa popular

 

Além dos projetos apresentados pelos senadores, cidadãos propuseram, por meio do Portal e-Cidadania, ideias legislativas sobre o tema. As ideias podem ser apresentadas  por qualquer cidadão por meio do Portal e-Cidadania. Caso receba 20 mil apoios de internautas, a ideia é encaminhada como sugestão legislativa para análise da Comissão de Direitos Humanos e Participação Legislativa (CDH) e pode virar um projeto de lei a ser discutido e votado pelos senadores.

 

Uma das ideias apresentadas prevê a obrigatoriedade de voos específicos para transporte de animais de estimação na cabine. De acordo com a sugestão do cidadão Helder D. O. C, de Mato Grosso, as companhias aéreas em operação no Brasil deveriam designar pelo menos 25% de seus voos para que passageiros possam levar consigo na cabine seus animais de estimação. Ele também sugere a vedação ao transporte de animais vivos no porão das aeronaves.

 

Já o cidadão Fernando R. M., de São Paulo, sugere o projeto da Lei Joca, de regulamentação do transporte aéreo de animais pela ANAC. Para ele, é preciso estabelecer critérios e padrões claros e unificados de segurança, conforto e cuidados durante o transporte, a fim de evitar novos casos como o do cão extraviado. A cidadã Alyne R. F, de Pernambuco, também sugere a Lei Joca, com a permissão para que animais viajem na cabine, junto aos tutores.

 

Outra ideia na fase de recebimento de apoios para se tornar sugestão legislativa é da internauta Renata C. F. M, do Distrito Federal. Ela sugere que cachorros e gatos que precisam viajar de avião possam ser levados junto com os tutores dentro da cabine, pois, na visão dela, “são membros da família”. A ideia legislativa prevê, ainda, profissionais para alimentar os animais e treinamento das equipes que trabalham a bordo e nos aeroportos.

 

Todas as ideias têm prazo até o final de agosto para receber os apoios necessários.

 

Fonte: Agência Senado

Comissão de Viação e Transportes promove seminário sobre transporte rodoviário de cargas

 

A Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados promove, na próxima quarta-feira (8), o 23º Seminário Brasileiro do Transporte Rodoviário de Cargas.

 

O seminário foi proposto pelo deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP). O principal tema a ser discutido nesta edição é o impacto da reforma tributária no transporte rodoviário de cargas.

 

“Esse evento tem primado por levantar questões de relevância para a vida nacional, como as deficiências na infraestrutura logística do País”, ressalta o deputado.

 

O seminário, que conta com a colaboração da Associação Nacional do Transporte de Cargas & Logística (NTC), será realizado no auditório Nereu Ramos, a partir das 9 horas.

 

 

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Com projeto de lei do vereador Prof. André Luis, pet shops devem informar se possuem videomonitoramento

Foi aprovado na Câmara Municipal de Campo Grande, por unanimidade, em segunda discussão, o projeto de lei nº 10.912/23, de autoria do vereador Professor André Luis.

 

O projeto tem a finalidade de determinar que estabelecimentos como pet shops tenham avisos aos clientes sobre possuir ou não câmeras de segurança na área dedicada ao banho e tosa.

 

De acordo com o vereador, a fixação da placa é primordial para que o tutor tenha ciência se o pet shop possui videomonitoramento, informação importante para aqueles que priorizam a saúde e segurança do pet.

 

Em sua justificativa, André Luis lembra que denúncias de maus-tratos nestes ambientes acontecem de forma recorrente e, a partir do momento em que o cliente sabe se o local é monitorado ou não, tem a liberdade de escolher em qual prestador de serviço irá confiar para cuidar do seu cão ou gato.

 

“Todos os anos há casos de mortes de animais nesses ambientes e essa placa, que pode ser uma folha simples de sulfite para não onerar para o estabelecimento, é importante para informar o cliente sobre a existência ou não de câmeras naquele local. É uma questão de segurança para o tutor e para o animal”, disse.

 

Além disso, há muita rotatividade de profissionais no setor de banho e tosa e o cliente pode não saber quem irá ficar responsável pelo seu pet, ressaltando ainda mais a necessidade de ele saber se há ou não câmeras no local.

 

Com a aprovação do projeto, o estabelecimento que descumprir a obrigação e não tiver a placa fixada está sujeito à multa, sendo que o valor, que será determinado pelo Poder Executivo, pode dobrar se a empresa foi reincidente.

 

Todos os recursos arrecadados com as penalidades serão revertidos para o Fundo Municipal de Bem-Estar Animal (FUMBEA).

 

Após aprovação em plenário, o texto segue agora para sanção da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes.

Trabalho escravo no ambiente doméstico será debatido na Comissão de Direitos Humanos na segunda-feira

 

O trabalho escravo no ambiente doméstico será o tema da audiência a ser promovida pela Comissão de Direitos Humanos (CDH), na segunda-feira (6), a partir das 9h. O debate foi sugerido (REQ 8/2023) pelo presidente do colegiado, senador Paulo Paim (PT-RS), e faz parte do ciclo de audiências públicas para discutir a Sugestão Legislativa (SUG 12/2018) que institui o Estatuto do Trabalho. O senador também é o relator da matéria. 

 

A SUG 12/2018 foi apresentada pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (SINAIT), pela Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (ANAMATRA) e dos Procuradores do Trabalho (ANPT) e pela Associação Latino-Americana de Juízes do Trabalho (ALIT). Ela é resultado do trabalho da Subcomissão do Estatuto do Trabalho (CDHET), criada no âmbito da CDH, em 2016. 

 

Foram convidados para a audiência representantes de sindicatos, do Ministério Público, da Justiça do Trabalho e dos Ministérios dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. 

 

Entre os participantes com presença já confirmada estão: 

  • presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Luciana Paula Conforti;

  • procurador do trabalho do Ministério Público do Trabalho, Thiago Lopes de Castro;

  • secretária nacional dos direitos da pessoa com deficiência do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, Anna Paula Feminella;

  • secretária nacional da política de cuidados e família do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Laís Abramo;

  • defensor público da União (DPU), William Charley;

  • coordenadora da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad), Luiza Batista Pereira;

  • coordenadora do Instituto Movimento Humaniza (IMH-SC), a ex-senadora Ideli Salvatti;

  • representante do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (SINAIT), Lívia Santos Ferreira;

  • auditor fiscal do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego ( MTE), André Roston;

  • representante da Comissão Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo ( CONATRAE/CPT), Frei Xavier Jean Marie Plassat.

 

O texto proposto pela SUG 12 aborda todos os temas relacionados à regulação do trabalho, a partir do debate com entidades sindicais, autoridades e personalidades do mundo do trabalho, promovido durante os meses de agosto de 2017 a maio de 2018.

 

Segundo os autores, a proposta do Estatuto tem como justificativa resgatar os direitos sociais fundamentais do trabalhador, atingidos pela entrada em vigor de leis que estabeleceram um nítido desequilíbrio entre empregador e empregado, de modo desfavorável ao trabalhador. Até o momento o relator não apresentou parecer sobre a matéria. 

 

A audiência será realizada no Plenário 2, na Ala Senador Nilo Coelho. Ela será interativa, transmitida ao vivo e aberta à participação dos interessados por meio do portal e-cidadania. 

 

Como participar

 

O evento será interativo: os cidadãos podem enviar perguntas e comentários pelo telefone da Ouvidoria do Senado (0800 061 2211) ou pelo Portal e‑Cidadania, que podem ser lidos e respondidos pelos senadores e debatedores ao vivo. O Senado oferece uma declaração de participação, que pode ser usada como hora de atividade complementar em curso universitário, por exemplo. O Portal e‑Cidadania também recebe a opinião dos cidadãos sobre os projetos em tramitação no Senado, além de sugestões para novas leis.

Fonte: Agência Senado

Foto: Divulgação / Senado

Projeto que tramita no Senado prevê capacitados em primeiros socorros em todos os turnos escolares

 

A quantidade de profissionais capacitados em noções básicas de primeiros socorros, em escolas ou estabelecimentos de recreação, deverá ser proporcional ao fluxo de atendimento de crianças e adolescentes em todos os turnos. Esse é o teor de um projeto que a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) terminou de apresentar. A matéria (PL 1.303/2024) aguarda a designação de relator na Comissão de Assuntos Sociais (CAS).

 

Pelo texto do projeto, deverá ser considerada uma distribuição equilibrada e proporcional desses profissionais, assegurando sua presença em número adequado durante todo o funcionamento. O projeto ainda prevê que esses estabelecimentos deverão indicar profissionais devidamente capacitados em primeiros socorros para acompanhar todas as atividades externas à escola, como excursões, passeios, visitas técnicas, feiras ou quaisquer outras atividades.

 

Na justificativa da matéria, Damares lembra que a Lei 13.722, de 2018, conhecida como Lei Lucas, já prevê a presença de profissionais capacitados em primeiros socorros em escolas e casas de recreação, de forma proporcional ao número total de profissionais e também ao fluxo de crianças atendidas. O projeto, no entanto, busca deixar clara a previsão da presença desses profissionais capacitados em todos os períodos e também em eventos exteriores ao estabelecimento.

 

Damares diz que sua proposta vem para completar a lei. “A nosso ver, tais lacunas revelam-se, por um lado, pela falta de previsão, na diretriz, de dispositivo que indique a necessidade de distribuição proporcional de profissionais pelos diversos turnos escolares”, registra a senadora. Ela também destaca que a lei é silente para situações em atividades de recreação ou escolares externas, como visitas a exposições ou viagens de estudo.

 

Lei Lucas

 

A Lei Lucas recebeu esse nome em homenagem ao menino Lucas Begalli Zamora. Em 2017, ele perdeu a vida depois de um acidente em uma excursão da escola onde estudava, em Campinas (SP). Lucas, que tinha 10 anos, se engasgou com um pedaço de salsicha do cachorro quente que serviram no lanche, mas não recebeu os primeiros socorros de forma rápida e adequada. A lei decorre do PLC 17/2018, de iniciativa do ex-deputado Ricardo Izar (SP) e aprovado no Senado em setembro de 2018.

 

Fonte: Agência Senado

Senador Girão questiona conflito de interesse em evento com ministros do STF

 

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) critiou, em pronunciamento na sexta-feira (3), a participação de ministros do Executivo, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF) no 1º Fórum Jurídico Brasil de Ideias, em Londres, entre os dias 23 e 25 de abril, organizado por uma instituição chamada de Grupo Voto. O parlamentar disse que o evento teria sido patrocinado pela British American Tobacco Brasil, empresa multinacional que adquiriu a empresa brasileira Souza Cruz, configurando um conflito de interesse.

 

— O primeiro, grande problema aqui é o de natureza ética: ministros da Suprema Corte de Justiça aceitando o pagamento de passagens aéreas e hospedagens em hotéis luxuosos feitos pelo Grupo Voto. E esse evento recebeu patrocínio de uma empresa que comercializa cigarros, cujo vício afeta seriamente a saúde de milhões de brasileiros. […] Existem processos tramitando tanto no STF, envolvendo a multinacional do fumo, quanto no STJ. Um desses processos é uma ação contra a decisão da Anvisa, de 2012, em defesa da saúde pública, que restringiu o uso de aditivos, aromatizantes e flavorizantes em produtos do tabaco. O relator dessa ação é o ministro Dias Toffoli, que, em setembro de 2023, suspendeu todos os julgamentos nas instâncias inferiores, atendendo o pleito da Associação Brasileira da Indústria do Fumo (Abifumo).

 

Girão citou ainda que a British American Tobacco adquiriu recentemente participação em uma empresa canadense, Organigram, “produtora de maconha”.

 

— Tudo isso está acontecendo num momento muito crítico, em que foi interrompido, no STF, o julgamento que visa liberar a questão do uso da maconha, do porte, da posse da maconha — declarou Girão, lembrando que o Senado “está fazendo a sua parte”, já que aprovou no mês passado a PEC 45/2023, que criminaliza as drogas.

 

EUA

 

Girão anunciou ainda que vai aos Estados Unidos com um grupo de parlamentares para participar de um evento no Congresso americano sobre a “ameaça contra a liberdade de expressão no Brasil a partir de arbitrariedades do STF”.

 

— Nós temos presos políticos, nós temos pessoas sem direito absolutamente à ampla defesa, ao contraditório. Nós temos o ordenamento jurídico que foi jogado na lata do lixo. E ainda tem gente que ousa dizer que nós temos democracia na nossa nação. Vamos denunciar o que está acontecendo. Três pessoas serão ouvidas, e nós vamos ter senadores e deputados lá, juntos, no Congresso americano, assistindo a essa audiência pública, que é mais uma das que já tivemos lá, inclusive com um relatório que foi exposto do Congresso americano, a partir dos arquivos do Twitter, mostrando as barbaridades que estão acontecendo, a insegurança jurídica em nosso país.

 

Girão criticou a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e afirmou que a organização não tomou nenhuma atitude em relação ao STF. O senador também lamentou o fato de a OAB interpelar o deputado Marcel Van Hatten (Novo-RS) após ele fazer um pronunciamento cobrando atitudes da ordem.