Pastor Iranil é empossado prefeito de Ladário depois de ação do Gaeco que prendeu o prefeito e vereadores da cidade

Na noite de ontem (26) o pastor Iranil de Lima Soares (PSDB) foi empossado prefeito de Ladário em sessão ordinária da Câmara Municipal. O ato ocorreu horas depois de o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) prender o prefeito Carlos Anibal Ruso (PSDB) por associação criminosa, corrupção ativa e corrupção passiva junto com sete vereadores e o secretário de Educação, Helder Botelho. A informação é do site Diário Online.

 

Segundo o site, o plenário do Legislativo foi tomado por servidores, membros da comunidade e apoiadores dos suplentes de vereadores que também foram empossados. Muita gente ficou do lado de fora do prédio.

 

Saiba mais: Gaeco prende prefeito de Ladário e sete vereadores acusados de envolvimento no pagamento de ”mensalinho”

 

O presidente da Casa, Fábio Peixoto (PTB) declarou a vacância do cargo de prefeito após ser notificado pelo Tribunal de Justiça do Estado, que além da prisão preventiva, determinou a suspensão do exercício de mandatos eletivos e de cargo público do prefeito e demais acusados.

 

Pastor Iranil prestou juramento e foi empossado oficialmente. Em entrevista à imprensa, ele disse que vai agir com cautela, pois haverá embate jurídico com a possibilidade de o prefeito afastado voltar ao cargo, de acordo com o Diário Online.

 

É um momento de cautela realmente, mas nós precisamos escolher a equipe, principalmente do primeiro escalão porque o município não pode parar e tem pessoas que estão dispostas a nos ajudar a atravessar esse momento. Vou dar prioridade para alguns servidores de carreira e a primeira medida é  saber como a administração se encontra”, disse o prefeito empossado que afirmou que apesar de ser vice-prefeito nunca participou da administração. “Assim que foi eleito, ele (Ruso) disse que não precisava de mim, que ia administrar sozinho e que os compromissos que ele havia assumido, não iria cumprir com ninguém que o apoiou”, afirmou.

 

A investigação do Gaeco e do Ministério Público apurou, que além do “mensalinho” para garantir apoio político de sete dos onze vereadores, o prefeito afastado também abriu aos parlamentares a indicação de cargos na Secretaria de Educação. Sobre isso, Iranil disse que ainda não recebeu nenhuma situação formal. “Eu já pedi um levantamento do quadro de diretores de escolas, mas temos que encerrar o ano letivo. Tudo isso vai ser analisado para ver até que ponto cabe uma ação já de imediato, tendo em vista que todos eles são funcionários de carreira também e nenhum foi denunciado até o momento”, explicou.

 

Sobre a folha de pagamento que compromete 60% da receita do Município, o prefeito empossado disse que demissões vão ocorrer. “Também já solicitei que se faça o levantamento de todos os funcionários comissionados para que possamos analisar, mas a maioria deve ser dispensada para que nós possamos reduzir a folha de pagamento”, adiantou.

 

Iranil Soares afirmou que irá contar com o apoio da Câmara e da população para retomar o trabalho na Prefeitura e já pediu audiência com o governador Reinaldo Azambuja para discutir projetos para a cidade. “Não há como governar sem a conversa com o Legislativo e a população. Mas sempre deixando bem claro os limites de cada um, sem barganhar cargos em troca de apoio político. Temos sim que construir um projeto juntos em prol da comunidade”, concluiu.

 

Fonte: Corumbá Online

Foto: Jornal Corumbaense