Michel Temer dá posse a Carlos Marun como ministro da articulação política

O presidente Michel Temer deu posse na tarde desta sexta-feira (15) ao deputado Carlos Marun (PMDB-MS) como novo ministro da Secretaria de Governo. À frente da pasta, o peemedebista do responderá pela articulação do Planalto junto ao Congresso Nacional.

 

Marun substitui na Secretaria de Governo o tucano Antonio Imbassahy (PSDB-BA), que retomou o mandado de deputado federal.

 

A mudança na articulação política contempla os partidos do chamado ‘centrão’ e o PMDB, que estavam insatisfeitos com o tucano e a postura do PSDB em relação aos temas prioritários do governo.

 

Entre os desafios do novo ministro está auxiliar o Planalto a conquistar os 308 votos necessários para aprovar a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, a partir de fevereiro do ano que vem.

 

O governo tentou viabilizar a votação na próxima semana, porém não conseguiu a garantia de vitória na votação.

 

Ao discursar na cerimônia, o presidente pediu a Marun que se dedique “18 horas por dia, se possível 20 [horas]” à reforma da Previdência.

 

Temer admitiu ainda que o governo não conseguiu reunir todos os votos para aprovar o texto e, por isso, decidiram adiar a votação para “não constranger” os apoiadores da proposta.

 

Agenda de Temer

 

A cerimônia no Palácio do Planalto foi o primeiro compromisso da agenda de Temer após ele passar por um procedimento de desobstrução da uretra no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

 

A cirurgia do presidente foi realizada na quarta (13) e ele teve alta na manhã desta sexta. Temer desembarcou em Brasília por volta das 12h50min e seguiu para o Palácio do Jaburu, residência oficial da vice-presidência da República. Ele chegou ao Planalto às 14h.

 

A posse de Marun, inclusive, foi adiada devido à internação de Temer: a cerimônia estava prevista para ocorrer nesta quinta (14), mas como o presidente não teve alta médica, o evento foi adiado.

 

Carlos Marun

 

Natural de Porto Alegre (RS), Carlos Marun, 57 anos, fez carreira política no Mato Grosso do Sul. Advogado e engenheiro civil, ele foi vereador em Campo Grande, deputado estadual e secretário de Habitação e Cidades. Em 2014, elegeu-se deputado federal pela primeira vez, com 91,8 mil votos.

Marun ganhou destaque na Câmara como um dos mais ferrenhos defensores do então presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O deputado foi um dos raros apoiadores que ficou ao lado de Cunha até a sua cassação, em setembro de 2016.

Favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff e integrante da “tropa de choque” do Planalto com a chegada de Temer ao poder, Marun esteve entre os deputados que mais se empenharam na defesa pública do presidente a partir do escândalo da delação da JBS.

O parlamentar também auxiliou na articulação para garantir os votos que barraram as duas denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República contra Temer.

Fonte: G1