Deputados do PT repudiam declarações de Bolsonaro sobre índios e quilombolas

ZeroUmInforma/Política – O crescimento de movimentos radicais, representados pelas figuras do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e do presidente americano Donald Trump, tem preocupado os deputados estaduais de Mato Grosso do Sul. Na sessão desta quinta-feira (6), Amarildo Cruz (PT) usou a tribuna para repudiar declarações que considerou desrespeitosas e preconceituosas contra os grupos marginalizados devido aos aspectos econômicos, sociais, culturais, físicos ou religiosos.

No início desta semana, durante palestra no clube Hebraica, no Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro, cotado para disputar a Presidência da República em 2018, fez várias declarações polêmicas, entre elas que afrodescendentes de comunidades quilombolas “não servem nem para procriar”. Para Amarildo, o pensamento é ofensivo, conservador e se caracteriza pela intolerância e não aceitação da diferença.

Pedro Kemp (PT) também repudiou as promessas de Bolsonaro em acabar com todas as reservas indígenas e comunidades quilombolas do País caso seja eleito presidente. Para ele, em tempo de crise algumas figuras procuram se destacar como o ‘Salvador da Pátria’. Coronel David, correligionário de Bolsonaro, acredita que o deputado federal tem se projetado em decorrência da derrocada da economia brasileira.

Amarildo considerou assustador o crescimento de jovens que são fisgados por uma ideologia radical. “Estamos preocupados com esses movimentos que ganham força com a exacerbação de iniciativas conservadoras na sociedade. Devemos ficar atentos, pois isso é retrogrado para o Brasil”, afirmou.

Líder do PT na Casa de Leis, João Grandão também registrou sua indignação com as manifestações de Bolsonaro. “Trata-se de uma concepção ideológica oportunista. Lamentável este tipo de pensamento em um País que a maioria da população é negra. A juventude precisa estudar história e compreender a importância dos índios e quilombolas para o País. Os jovens precisam tomar conhecimento sobre o processo histórico para consolidar a Democracia”.